quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Ficus Retusa - Novembro 2012

Como foi dito no post anterior, este ficus foi transplantado para um outro vaso, de formato oval e não vidrado. Ainda é um vaso um pouco grande para esta planta mas como ainda tem de ganhar muito em ramificação, é um vaso que dá para a planta desenvolver bem. O vaso final vai ter de ser mais pequeno do que este.

Dei-lhe uma poda para retirar os rebentos que cresceram e eram desnecessários e foi aramada para posicionar a ramificação restante. Agora vai repousar assim até para o ano e depois é voltar ao cresce e corta. :)

Aqui está a imagem actual. Tem bastante mais folhagem do que no post anterior e o rebento que tinha orientado para o topo engrossou bastante bem e já lançou ramificação secundária, tendo sido encurtado e reposicionado. Agora é trabalhar a ramificação ao longo do próximo ano.


quarta-feira, 31 de outubro de 2012

IV Congresso Nacional de Bonsai - Demonstrações

No Sábado tiveram lugar as demonstrações de Bonsai.

De manhã, os demonstradores de serviço foram o Luís Cunha e o Márcio Meruje do Clube Bonsai de Sintra com um pinus silvestre, o Mário Eusébio e o Fernando Gonçalves do Bonsai Clube do Porto com uma sabina e o Joaquim Gervásio e o José Machado da Associação Lusitana de Bonsai com um pinus parvifolia.

Não tive oportunidade de estar presente durante as demonstrações, tendo só chegado no final pelo que apenas deu para tirar fotos do trabalho já depois de concluído. Aqui ficam as imagens.

Demonstradores - Luís Cunha e Márcio Meruje, Clube Bonsai de Sintra

Demonstradores - Mário Eusébio e Fernando Gonçalves, Bonsai Clube do Porto



Demonstradores - Joaquim Gervásio e José Machado, Associação Lusitana de Bonsai

No Sábado à tarde, teve lugar a demonstração de bonsai conduzida pelo Mestre Salvatore Liporace, assistido pelo Rui Ferreira. Foi uma oportunidade única de assistir ao trabalho de um dos maiores mestres europeus de bonsai da actualidade e fiquei impressionado não só com o trabalho de transformação da árvore como com a sensibilidade estética na estilização da árvore. O resultado final pode não ter sido consensual, mas a realidade é que ninguém ficou indiferente e na minha opinião, a planta ficou fantástica e tem um futuro excepcional pela frente.

Aqui ficam as imagens do antes e do depois.

Antes do trabalho

Após a estilização do Mestre Liporace

IV Congresso Nacional de Bonsai - Vencedores e Fora de Concurso

Já passaram alguns dias desde o final do IV Congresso Nacional de Bonsai e ainda não consegui repor o descanso perdido nestes dias...

Alguns dias depois, já é possível fazer um certo rescaldo do evento. Antes de mais, há que dizer que deu imenso trabalho mas valeu a pena. Não podemos dizer que foi um evento perfeito, mas foi realmente o melhor que conseguimos fazer com os recursos que tínhamos à disposição. E penso que globalmente o saldo foi bastante positivo, pelo menos as críticas gerais foram nesse sentido.

Da minha parte pessoal, foi muito cansativo (basta apenas dizer que, no Domingo, o pessoal do Porto que saiu à tarde com as plantas após o encerramento do Congresso chegou mais cedo a casa do que eu) mas igualmente gratificante participar na organização do Congresso. A malta do Clube Bonsai do Algarve está toda de parabéns e mostrou que quando é preciso juntar-se e arregaçar as mangas, todos estiveram disponíveis e isso foi o que fez a diferença em tudo isto. Muitas mãos são sempre poucas para as coisas todas que há para fazer, mas é preciso igualmente que a malta que aparece venha com o espírito e vontade de ajudar e colaborar, e felizmente foi isso que se passou.

De resto, desde o nível da exposição, aos demonstradores nacionais e estrangeiro, passando pelo workshop e pelo Novo Talento, penso que a bitola se manteve no nível do que se fez no ano passado.

Mas como tudo na vida, há sempre que reflectir sobre as coisas menos boas para poder fazer melhor. Penso que o grande desafio aos Congressos dos próximos anos passa por garantir que o nível das árvores em exposição seja o mais homogéneo possível e regulado por cima, ou seja, tentar que todas as árvores expostas sejam de elevado nível de trabalho e refinamento e que os aspectos ligados à exposição das plantas sejam observados com o maior rigor. Acho que é trabalho de todos os Clubes e Associações tentar garantir uma presença condigna ao nível não só do número de árvores a expor mas igualmente da qualidade das mesmas, sendo importante a realização de uma boa selecção à partida. Apenas assim conseguiremos elevar não só o nível das plantas a nível nacional porque todos têm de correr para apresentar árvores de bom nível, mas igualmente se conseguirá afirmar o Congresso Nacional de Bonsai como o principal evento nacional onde estão apenas as melhores árvores de cada Clube. Um passo importante para isto seria garantir que o Congresso serviria para escolher um conjunto de árvores para representar Portugal no Congresso da EBA no ano seguinte, mas para isso seria necessário que a Federação tivesse outra capacidade e autonomia financeira que não apresenta actualmente.

Mas mesmo fazendo este à parte, penso que o nível global da exposição esteve bom e que as árvores expostas tiveram suficiente qualidade para impressionar quem esteve presente a visitar.

Abro a série de posts ligados às fotos do Congresso com as árvores que ganharam prémios na exposição e as árvores do Rui Ferreira que se apresentaram fora de concurso.

Melhor Bonsai:

Proprietário - João Sampaio, Bonsai Clube do Porto

Melhor Shohin:

Proprietário - Mário Eusébio, Bonsai Clube do Porto

Melhor Composição:

Proprietário - Gustavo Duarte, Clube Bonsai de Sintra

Menção Honrosa:

Proprietária - Ana Paula Bergano, Clube Bonsai do Algarve



Árvores Fora de Concurso:

Proprietário - Rui Ferreira, Clube Bonsai do Algarve

Proprietário - Rui Ferreira, Clube Bonsai do Algarve

Proprietário - Rui Ferreira, Clube Bonsai do Algarve

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

[Laurus Nobilis] Actualização Setembro 2012

Roubei esta imagem do blog do Rui Ferreira pois fiz o transplante do loureiro no sábado passado e deixei-o com ele a recuperar, e não cheguei a tirar fotos na altura.

Quando fui à aula, tinha uma ideia diferente para o vaso, pois pensei em aproveitar um vaso rectangular não-vidrado que tinha em casa e que achava que poderia realçar a base poderosa que esta planta tem.

No entanto, após a poda de raízes, o Rui sugeriu um tipo diferente de vaso, mais raso mas com bastante espaço para o desenvolvimento das raízes laterais, o que iria melhorar o nebari no futuro.

Por outro lado, este vaso com linhas mais horizontais permite igualmente dar maior realce à zona do nebari e tachiagari que são as partes mais fortes desta planta.

Este vidrado azul complementa muito bem as tonalidades cinzentas do tronco e acho que vai combinar igualmente bem com a folhagem juvenil de tonalidades avermelhadas.

Ainda não é o vaso final pois é um bocado grande e o Rui pensa que a inclinação da árvore ainda pode ser melhorada num futuro envase, mas acho que já se começa a vislumbrar um pouco do futuro da planta.



Pensar que há apenas 3 anos esta planta era assim!



quinta-feira, 6 de setembro de 2012

[Olea europaea] Oliveira #2

Esta oliveira está comigo desde 2009. Nesse Verão, o Carlos Brandão esteve cá em baixo e estive com ele a visitar o Eduardo Silva do CBA. No dia seguinte, eles foram apanhar uns yamadori mas eu não pude ir com eles pois estava a trabalhar. A meio da manhã, o Eduardo apareceu-me com esta oliveira com a base cortada a direito, sem qualquer raíz, enrolada num pano molhado. Ficou lá durante o resto do dia e apenas quando cheguei a casa é que a coloquei numa caixa de plástico que tinha para lá.





Rebentou bastante bem e com imenso vigor, de modo que em 2010 levei-a à aula do Rui Ferreira em Setembro onde foi feita uma primeira selecção e posicionamento de ramos.




Em Março de 2011, foi transplantada e colocada num novo vaso. Tinha feito imensas raízes e o vigor que apresentava dava a entender que iria recuperar bastante bem e lançar um bom crescimento nesse ano. No entanto, apanhou uma doença qualquer (não sei se foi fungo ou bactéria) e perdeu praticamente a folhagem toda secando inclusivamente alguns ramos e tendo existido uma retracção substancial da seiva noutros. Felizmente, em finais de Setembro/Outubro recomeçou a brotar.




Neste ano fez um bom crescimento no primeiro semestre e rebentou por todo o lado. Como estava já com bastante vigor, levei-a para uma nova intervenção na aula de Agosto com o Rui Ferreira. Após observar bem a planta, ele sugeriu mudar a frente, tomando como referência a anterior traseira e rodando ligeiramente 30º no sentido dos ponteiros do relógio. Optou-se por cortar igualmente o anterior topo, construindo uma árvore mais baixa e compacta. Reconstruiu-se a ramificação e agora penso que é uma planta com mais futuro. Resta ainda muito trabalho de desenvolvimento da folhagem e ainda de trabalho de madeira morta, mas estamos cá para isso!